quinta-feira, 23 de maio de 2013

“LEVARAM GATO POR LEBRE”





A sabedoria prática do povo nos ensina a perceber as armadilhas da vida através dos ditados populares ou provérbios. Quem não já ouviu falar “em levar gato por lebre”? É a forma figurada de afirmar a prática da enrolada, da trapaça, da mentira. É a maneira de dizer que os incautos e ingênuos são muitas vezes vítimas dos espertos, dos vigaristas, da malandragem.
Onde mais se percebe a incidência dessa estória de “levar gato por lebre” é na política. Numa campanha eleitoral não é raro se vender uma coisa e comprar outra. Promessas não cumpridas são a maior demonstração da verdade desse ditado popular. Somos de vez em quando ludibriados na nossa boa fé. Percebido o equívoco, só nos resta buscar corrigi-lo na eleição que se sucede. Lamentável que nem sempre é assim, O discurso de enganação muda de retórica e novamente somos iludidos por falsas promessas.
Nos negócios também é muito comum se verificar a ocorrência desse “jeitinho” de fazer os outros de tolos. Todo mundo já se viu numa situação igual, ao constatar que comprou “gato por lebre”. Nada pior do que se ver flagrado como ingênuo, “besta” na linguagem comum. Vivemos uma desagradável sensação de idiotice.
Mas tudo na vida vale como experiência. Idiota mesmo é o que, ainda que tendo sido várias vezes enganado, volta a repetir os mesmos erros. Quem ignora os ensinamentos da vida será sempre alvo dos aproveitadores, dos “sabidos demais”. Popularmente é comum se dizer que foi aplicado o “conto do vigário”, quando isso acontece.
A propaganda enganosa é a arte de vender “gato por lebre”. Existem profissionais especializados em convencer outros a aceitarem a sua informação como verdadeira. É desonesto e antiético tal procedimento.
Somos atualmente bombardeados por estratégias de marketing em todas as esferas de nossas atividades. Algumas vêm com o vício da mentira e do intencional objetivo de enganar. Daí a experiência da vida nos recomendar cuidado redobrado na análise das informações que recebemos, a fim de que não cometamos o erro de “levar gato por lebre”.
Pelo jeito foi o que aconteceu em Chavantes.
Ao que parece uma parcela da sociedade “ levou gato por lebre”